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COLUNA YARA BELCHIOR - PSICANÁLISE E O SOCIAL - ENTENDA UM POUCO O QUE É A PSICANÁLISE, A CLÍNICA PSICANALÍTICA :)

09/09/2016, 13:40

 

 

 

Coluna Yara Belchior

 

 

www.yarabelchior.com.br      

 

 

www.salvejorge.com - Salve, Jorge!  J

 

 

J

 

 

 

PSICANÁLISE E O SOCIAL

 

Entenda um Pouco o Que É

A Psicanálise, A Clínica Psicanalítica

 

 

 

Yara Belchior, 01.01.2015, com Samsung S5 e seus recursos de imagem.

             

A Psicanálise não visa à busca da felicidade como um bem supremo. 

 

É ética, não visa ao bem nem ao mal do analisando, mas permite grandes coisas:

 

- Além do reconhecimento do próprio desejo, da própria verdade, que surgem com a decifração do sintoma, o entendimento de que a falta é própria dos seres falantes e se apresenta, durante toda a vida, quer entre os espinhos, quer entre as rosas.

 

 

 

 

 

A grande descoberta do século XX foi, sem dúvida, a descoberta de Freud sobre o inconsciente. Com esta descoberta ele funda um novo discurso, rompe com os padrões da medicina de saúde mental de sua época e passa a ocupar o lugar de Analista. A descoberta freudiana do inconsciente é, portanto, a base fundamental de edificação da Psicanálise.

 

 

 

Freud nasceu em 06 de maio de 1856 e aos 17 anos iniciou a sua formação médica em Viena. A medicina dessa época era quase que inteiramente assentada em bases biológicas, muito pouco interessadas na psicologia que então era entregue aos filósofos, sendo que a nascente Psiquiatria não passava de um ramo da Neurologia.

 

 

 

Freud rompeu com os padrões de “saúde mental” da medicina de sua época para dar prioridade à escuta, e ao conceber o conflito psíquico como resultante do embate entre as forças instintivas e as repressoras, e os sintomas como sendo a representação simbólica deste conflito inconsciente, inaugura a Psicanálise com referências teórico-técnicas próprias, específicas e consistentes.

 

 

 

A Clínica Psicanalítica difere das práticas psicoterápicas, da psiquiatria e da neurologia.

 

 

Está longe do furor sanandi médico, até mesmo porque a Psicanálise não tem nada a ver com a Medicina, além do recomendável encaminhamento e cooperação de trabalho entre as ciências e áreas que cuidam do homem.

 

 

 

A Clínica Psicanalítica é um saber em produção e não um discurso universitário.

 

 

O que a Psicanálise trouxe de novo foi o Inconsciente, que aparece na clínica através da fala do Analisando.

 

 

O Inconsciente manifesta-se no interior do campo da Psicanálise. A fala do Analisando dá existência efetiva ao Inconsciente, que é a própria pessoa.

 

 

 

Na Clínica Psicanalítica de orientação lacaniana o saber em produção é o saber do Outro, é um saber que se faz fazendo, sem que seja dado ao analista o direito de dirigir o analisando.

 

 

O lugar do Analista é o lugar do morto, embora não seja do cadáver.

 

 

 

O Analista não é aquele que dispõe de uma verdade na mão, mas alguém que está ali para colocar o sujeito em busca da sua verdade, e só através da própria fala o Analisando poderá chegar a ela, a um conhecimento de si mesmo, à cura que vem por acréscimo, como resultado das formações do Inconsciente, que produz o sintoma.

 

 

 

O Sintoma para a Psicanálise é antes de mais nada um ato involuntário, produzido além de qualquer intencionalidade e de qualquer saber consciente.

 

 

O Sintoma precisa incomodar ao sujeito para que este perceba que ele existe, que se põe no discurso e caminha no sentido de reconhecimento do desejo.

 

 

É então que ele se dirige ao consultório do Analista, mas a porta de entrada do processo de Análise não é a mesma que a do consultório.

 

 

 

A Transferência marca a entrada do sujeito no processo de Análise e é condicionada pelo candidato a analisando durante as Entrevistas Preliminares, as quais, segundo Quinet, apresentam as funções sintomal, diagnóstica, a nível simbólico, e transferencial.

 

 

 

Não há entrada em Análise sem as Entrevistas Preliminares que, tendo por base a Transferência, liga os parceiros da Análise e é condicionada pelo Analisando, o qual acredita, no início do processo de análise, que sua verdade, o seu real desejo, sejam conhecidos de antemão pelo Psicanalista.

 

 

 

Uma vez iniciado o processo de Análise, o Inconsciente emerge com a fala do analisando.

 

 

O Inconsciente é o próprio psíquico e sua realidade essencial. A própria pessoa. É uma forma, e não um lugar ou uma coisa. É uma lei de articulação e não a coisa ou o lugar onde essa articulação se dá. Essa lei de articulação se dá no psiquismo, que para a Psicanálise é abordado de uma forma diferente da praticada na Psiquiatria.

 

 

 

Freud descreve os processos psíquicos em suas relações dinâmicas, tópicas e econômicas.

 

 

Uma tópica psíquica não tem nada a ver com a anatomia, que refere-se a locais do aparelho psíquico. Este é como um instrumento, composto de sistemas ou instâncias interdependentes.

 

 

Freud fez uma ruptura completa com a visão mecanicista do Aparelho Psíquico.

 

 

 

Na Primeira Tópica freudiana, o modelo topográfico, o Aparelho Psíquico é dividido em três instâncias - Consciente, Pré-Consciente e Inconsciente - obedecendo a leis diferentes e separadas por uma fronteira, que só pode ser ultrapassada em determinadas condições: consciente/pré-consciente, por um lado, inconsciente, por outro.

 

 

 

A Segunda Tópica freudiana - o modelo estrutural, formada pelo Ego, Id e Superego, é um conjunto de elementos que, separadamente, têm funções específicas, porém que são indissociados entre si, interagem permanentemente.

 

 

 

Diferente da Primeira Tópica, que sugere uma passividade, a 2ª Tópica é ativa, dinâmica.

 

 

 

A organização psíquica é dividida, portanto, em sistemas ou instâncias psíquicas, com funções específicas para cada uma delas, que estão interligadas entre si, e ocupam um certo ‘lugar’ na mente.

 

 

 

 

Relendo Freud, Lacan concebeu o Inconsciente estruturado como uma linguagem, o que não significa que o seja como uma língua. E

 

 

Ele afirma o Inconsciente simbólico do homem e, a partir de contribuições retiradas da Linguística e da Antropologia estruturais, assinala os vários níveis de estruturação do simbólico, assim como a formação do inconsciente pela linguagem.

 

 

Para Lacan, não há verdade e significação fora do campo da palavra. Ele reconhece a heteronímia da ordem simbólica.

 

 

 

A fundamentação lacaniana do Inconsciente é um saber que tem a estrutura de uma linguagem. Essa estrutura liga-se aos conceitos de significante/significado, com autonomia do primeiro sobre o segundo.

 

 

 

O Inconsciente, que mais do que falar determina o nosso destino, sintomático em todos os casos, é efeito de linguagem, cujo tratamento não dispõe de outro meio além do da fala.

 

 

O Inconsciente liga e ata os seres. É uma linguagem que ata os parceiros da Análise.

 

 

 

Como vimos, ao introduzir o conceito de Ato Analítico, Lacan retira a Psicanálise do âmbito das regras para situá-la na esfera da ética, considerando que é o Analista com seu ato que dá existência ao inconsciente, e para que o inconsciente apareça, é necessário, conforme já notabilizamos, que o processo de Transferência esteja instalado.

 

 

 

Iniciado o processo de Análise, o Analisando, atribui ao Analista um saber sobre ele, mas, só no final do processo, perceberá que o Analista é considerado Sujeito-Suposto-Saber porque o saber, na verdade, está nele mesmo, no Inconsciente, o próprio sujeito, que se manifesta pela própria fala, experiência singular do processo analítico.

 

 

Mas isto ele só entenderá após a travessia da Análise, que apontará ao Analisando, além da decifração do sintoma que incomoda, que o faz sofrer, a cura, que vem por acréscimo.

 

 

 

A Psicanálise não visa à busca da felicidade como um bem supremo. É ética, não visa ao bem nem ao mal do analisando, mas permite grandes coisas:

 

 

- Além do reconhecimento do próprio desejo, da própria verdade, que surgem com a decifração do sintoma, o entendimento de que a falta é própria dos seres falantes e se apresenta, durante toda a vida, quer entre os espinhos, quer entre as rosas.  

 

 

A rosa é você mesmo, e você merece o melhor: a imagem de uma rosa orvalhada, sem espinhos, para você.

 

 

 

Excelente dia para todos. Yara Belchior, www.salvejorge.com  J

 

 

   

 

Salve, Jorge!

  

 

Que São Jorge Guerreiro, todos os Orixás e Espíritos de luzes continuem nos protegendo e abrindo os nossos caminhos hoje e sempre, Amém.   

 

 

* Yara Belchior é Jornalista-Colunista; Bacharela em Letras-Português/UFS; Pós-Graduação em Psicanálise/UFS; Iridologia/AMI. Entre as Colunas que assinou está a "Ponto de Vista", da Revista Veja.  

 

 

E-mail: yarabelchior@YARABELCHIOR.com.br  

 

 

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