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Artes/Literatura - O Poema de Anchieta sobre a Virgem Maria Mãe de Deus

22/03/2006, 08:51

 

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Artes/Literatura

 

O Poema de Anchieta

sobre a Virgem Maria

Mãe de Deus*

 

(Versos 1325 a 1350)

 

 

                                  Anchieta*

 

 

 

Nossa Senhora da Esperança, Macarena, Espanha.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(...)

Ó Virgem, humilde, singela e prudentíssima

por que o temor da dúvida assim te apregoa?

Justamente porque és humilde: e humilde

tudo temes de tua ingenuidade:

por demais ingênuo, o coração da jovem

deixa-se enredar às vezes, em diversos ardis

Tudo temes em tua prudência:

Tu, ponderando tudo à sua luz,

temes que alguma aragem de pecado

Te bafeje a alma,

e que, prestando-lhe atenção, como Eva à serpente,

venhas a cair em suas malhas.

Porém nenhum laço há aqui: o céu não engana:

não há na cidade de Deus lugar para a mentira.

Não há, aqui, monstro algum

que te engane em música falaz,

que te cegue os olhos d´alma,

como à primeira mulher.

Já o Senhor pôs em ti o seu olhar:

do alto da esfera celeste, sua pupila

descansa nas pequenezes desta Terra.

Quanto mais te crê indigna,

tanto mais digna te ergues para o Céu,

e tua fronte brilha, quanto mais se esconde.

A simplicidade humilde e a humildade simples

do teu pensar

enamora o Espírito de Deus.

Por que te admiras de te fazerem

Rainha no Céu,

Se estás sempre a escolher, na Terra,

o último lugar?

De admirar seria

Se tivesses o peito entumecido de soberba

e se, apesar disso, o Senhor te contemplasse.

Abre, portanto, o coração confiante

à mensagem celeste:

quanto é de ti mais digna, tanto menos deve temê-la.

 

 

 

* “O Poema de Anchieta sobre a Virgem Maria Mãe de Deus” (“De Beata Virgine Matre Dei Maria”) / José de Anchieta, 1534-1597; Tradução portuguesa em ritmos de Armando Cardoso; 5ª Edição, Editora Paulinas, São Paulo, 1996.

 

 

Comentário

 

O poema “De Beata Virgine Matre Dei Maria”, de José de Anchieta(1534-1597), foi escrito durante um cativeiro, no qual o jovem jesuíta se ofereceu para ficar entre os Tamoios, como refém, enquanto eram negociadas as pazes, na Capitania de São Vicente, entre os portugueses e os chefes da tribo, que se sentiam ameaçados e estavam em pé de guerra.

 

O "Poema de Anchieta sobre a Virgem Maria Mãe de Deus", com 5.786 versos, é uma longa narrativa lírica escrita em dísticos elegíacos, tendo como personagem principal Maria, a mãe de Jesus, Nossa Senhora, de quem Anchieta se põe como biógrafo, nos quase seis mil versos do poema.

 

Vale lembrar que o Poeta Padre José de Anchieta estava preso e exilado junto aos índios Tamoios quando escreveu o Poema, apelando então para a memória e para a imaginação, segundo os historiadores de então.

 

Além do Poema sobre a Virgem Maria Mãe de Deus", com 5.786 versos, o Padre José de Anchieta, dono de grande produção literária, escreveu “A Arte de Gramática da Língua mais Usada na Costa do Brasil", com os fundamentos da língua Tupi.

 

Entre os historiadores literários há os que consideram Anchieta um precursor da Literatura Brasileira, embora seja polêmica a sua biografia.

 

Mas o que ele podia fazer ou não a mais, de diferencial, num Brasil de 1.500, com a Igreja Inquisitorial queimando vivos até os que olhavam para o céu e diziam que a terra era redonda, girando em torno do Sol?!

 

Salva a genial Literatura, o julgamento do então Padre José de Anchieta fica para Deus, o Universo, a Lei de Causa e Efeito da Vida, à qual estão submetidos todos os seres, encarnados e desencarnados, que habitam o Universo sem fim.

 

 

 

 

Salve, Jorge!

 

 

 

Que São Jorge Guerreiro, todos os Orixás e Espíritos de luzes continuem nos protegendo e abrindo os nossos caminhos hoje e sempre, Amém.  

  

 

 

 

* Yara Belchior é Jornalista-Colunista; Bacharela em Letras-Português/UFS, com Pós-Graduação em Psicanálise/UFS; Iridologia/AMI. Entre as Colunas que assinou está a "Ponto de Vista", da Revista Veja.

 

  

 

 

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